1Acadêmico do
PIC/UNIPAR
2Acadêmica do
Curso de Estética e Cosmética da UNIPAR
3Acadêmica do
Curso de Estética e Cosmética da UNIPAR
4Acadêmica do
Curso de Estética e Cosmética da UNIPAR
5Docente da
UNIPAR
Introdução:
Histologicamente Fibro Edema Gelóide (FEG) é uma infiltração edematosa do
tecido conjuntivo, não inflamatória, seguida da polimerização da substância
fundamental que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica
consecutiva (GUIRRO 2004). Vários fatores levam ao surgimento do FEG, mas Maio
(2004) relata que o ambiente é um dos fatores importantes, influenciando na
evolução e no agravamento do FEG. Hábitos alimentares inadequados com dietas
hipercalóricas com insuficiência em proteínas, fibras, vitaminas, sais minerais
e oligoelementos são alguns dos fatores ambientais, destacando também o fator
sedentarismo que por diversos motivos incluem a diminuição do gasto calórico,
diminuição da circulação sanguínea, dificultando oxigenação, trocas metabólicas
e retornos venosos e linfáticos. Manthus é um equipamento computadorizado,
constituído por geradores de ultrassom associado à corrente estereodinâmicas
(corrente de ação espacial), indicados para tratamento de FEG, gordura
localizada, pós-cirúrgico, visando a estimulação do sistema linfático, otimizar
a função de lipólise e ativação do sistema vegetativo (KLD, 2009). O Aparelho
de Radiofrequência (RF) utiliza radiações compreendidas no espectro
eletromagnético entre 30KHz e 3GHz, e as frequências mais empregadas em
equipamentos utilizados em dermatofuncional estão na faixa de 0,5 MHz e 1,5
MHz, elas atuam por conversão, já que a aplicação de uma radiação
eletromagnética de comprimento de onda hectométrica gera um aumento da
temperatura dos tecidos, transformando-se, assim, em calor (radiação
infravermelha, que possui um comprimento de onda nanométrico) (BORGES, 2012).
Objetivo: Demonstrar a
ação dos aparelhos Manthus e Radiofrequência na FEG em mulheres entre 30 a 40
anos através de um estudo de caso.
Relato de caso: Este estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Humanos da Universidade
Paranaense/UNIPAR, protocolo 34350414.3.0000.0109. As voluntárias foram
submetidas a 15 sessões, uma vez por semana, sendo uma Voluntária M ao aparelho
Manthus, e Voluntária R ao aparelho de Radiofrequência, ambas apresentando FEG
grau II, tipo mole em região de glúteo e posterior de coxa. Voluntária M, 31
anos, sedentária, não realiza dietas alimentares, iniciou o tratamento fazendo
pouca ingestão de água, aumentando sua ingestão após os procedimentos, teve
duas gestações. O aparelho Manthus foi realizado utilizando a seguinte
calibragem: na primeira sessão o estimulo utilizado foi senoidal, demais
sessões quadrado; modo Sonophasys; camada adiposa 4,0cm; frequência do aparelho
foi alternada entre 5Hz e 30Hz nas cinco primeiras sessões e após a sexta
sessão alternada entre 20Hz e 30Hz, conforme orientação do fabricante para
evitar o efeito acomodação; tempo de 7 minutos por região e houve uma variação
da dose da corrente entre 9% e 15% dada de acordo com a sensibilidade da
voluntária conforme a variação da frequência. Voluntária R, idade 37 anos, faz
ingestão de muita água, pratica atividade esportiva (futebol feminino)
esporadicamente, não realiza dietas alimentares, teve uma gestação. A Radiofrequência
G3 (Tone Derm) foi utilizada com temperatura entre 36°C e 37°C, tempo de cinco
minutos cada região para manter a temperatura. Em ambas voluntárias antes da
aplicação dos aparelhos, foi realizada higienização com esfoliante corporal a
cada quinze dias, diminuindo a impedância da pele, e nos intervalos o
antisséptico clorexidine a 0,5%, nas regiões citadas anteriormente.
Visivelmente não se observou alteração no quadro de FEG e seu grau, em ambas
voluntárias. Apenas na voluntária M, foi possível observar uma diminuição das
medidas de circunferência nas regiões de quadril e coxa proximal totalizando
1,5cm.
Discussão: Borges (2012)
relata que no tratamento do FEG a aplicação da radiofrequência diminui a
fibrose dos septos interlobularese o tamanho dos adipócitos, melhorando a
circulação sanguínea e linfática e a absorção de edema. Costa (2009) relata que
um estudo realizado durante oito sessões de 30 minutos duas vezes por semana,
com 20 mulheres, apresentando FEG, em coxa e glúteos, por um período de um mês,
utilizando um aparelho de radiofrequência combinado com infravermelho e sucção
mecânica, avaliadas antes e no término do tratamento, três e seis meses após o
término do tratamento, foi possível notar em 18 mulheres a melhora no aspecto
do FEG. Na escala de melhora clinica, mensurada por uma tabela de percentual,
foram evidenciados 50% de melhora do FEG. Simon (2012) realizou um estudo com 3
pacientes, durante dez sessões, duas vezes por semana, utilizando o aparelho
Manthus no modo contínuo, em FEG grau III e obteve melhora do aspecto geral do
tecido e redução no diâmetro dos principais nódulos do FEG, visualizada através
de um software desenvolvido para esse estudo.
Conclusão: Podemos
concluir nesse estudo que os aparelhos trabalhados de forma isolada sem
associação de uma técnica manual, bem como prática de atividade física,
alimentação equilibrada, não proporciona resultados satisfatórios aos
tratamentos propostos. Também se acha necessária realização de mais estudos a
respeito e com maior número de voluntários.
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